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(1865-1912) |
John Hyde foi um grande homem usado por Deus. Boa parte de sua vida se dedicou ao ministério da oração. Literalmente viveu uma vida de renúncia do eu, onde vencia as maiores batalhas no quarto de ORAÇÃO.
Abaixo teremos uma pequena parte do livro O HOMEM QUE ORAVA.
Abaixo teremos uma pequena parte do livro O HOMEM QUE ORAVA.
DÁ-ME ALMAS OU MORREREI
No Tabernáculo de Moisés havia um compartimento tão sagrado que só um homem, entre todos os milhares de Israel, podia nele entrar e somente durante um dia de todo o ano. Esse compartimento era o Santo dos Santos. O lugar onde João Hyde se encontrava com Deus era, também, terra santa. As cenas da sua vida são demasiadamente sagradas para os olhos comuns e hesito em relatá-las aqui. Mas ao lembrar-me de Jacó no vale de Jaboque, de Elias no Carmelo, de Paulo em agonia espiritual por Israel e, especialmente, do querido Mestre no jardim, então sinto que estou dirigido pelo Espírito
de Deus para relatar as experiências desse homem de Deus, para admoestação e inspiração! Deus permita que assim seja para milhares de pessoas! Coloquemo-nos, pois, ao lado do quarto de oração de João Hyde, onde nos é permitido ouvir os suspiros, sentir os gemidos e contemplar o querido rosto, banhado, repetidamente, de lágrimas! É aí que podemos mirar o corpo enfraquecido depois dos dias que passara sem comer e as noites sem dormir. É aí, que, entre soluços, o ouvimos implorar com insistência: "Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!" Foi da seguinte maneira que João Hyde foi levado a trabalhar no estrangeiro: Seu irmão mais velho, Edmundo, estava no seminário estudando para pregar e era também um estudante voluntário preparando-se para o trabalho no estrangeiro. Durante as férias de verão, Edmundo estava ocupado na obra missionária da Escola Dominical no Estado de Montana. Foi então atacado pela febre. O médico aconselhou-o a voltar imediatamente para casa, no
Estado de Illinois. Iniciou a viagem, tendo a passagem e as instruções (para que os condutores o ajudassem) presas à lapela do paletó. Delirou no trem, mas chegou ao seu destino. Depois de alguns dias faleceu. João, já resolvido a pregar, ficou profundamente impressionado com a morte do irmão. Haveria uma vaga nas fileiras para o campo estrangeiro, e ele sentiu que Deus o dirigia a preenchê-la. A decisão final foi tomada só no fim do ano seguinte, quando concluiu o curso. Certo sábado, à noite, João foi ao quarto de um colega e pediu-lhe que apresentasse todos os argumentos que pudesse sobre o trabalho missionário no estrangeiro. O estudante retrucou que não era de argumentos que ele carecia, mas devia ir para o quarto, prostrar-se de joelhos e permanecer perante Deus até resolver o problema em definitivo. Na manhã seguinte, no culto, João disse ao colega: "Estou resolvido". E o brilho de seu rosto era suficiente para saber qual era a decisão! As profundezas do grande mar, as enormes vagas, os
dias seguidos de água, água, somente água, os pés afastados da querida pátria e ainda não firmados na pátria nova - todas essas coisas o levaram a meditar profundamente. Para João, essa viagem, no outono de 1892, foi um tempo de exame próprio e oração. Recebeu uma carta, à qual se referiu depois em certa publicação na índia, com as seguintes palavras: "Meu pai tinha um amigo que desejava ardente-mente ser missionário no estrangeiro, mas não lhe foi permitido ir. Esse homem escreveu-me uma carta e eu a recebi ainda no navio. Recebi-a algumas horas depois de sairmos do porto de Nova Iorque. O amigo insistia, na carta, em que eu buscasse o batismo com o Espírito Santo como a habilitação essencial na obra missionária. Irritado ao acabar de ler a carta, amassei-a e joguei-a no convés. "Esse amigo”, arrazoava João Hyde, "acha que eu não recebi o batismo com o Espírito? Pensa que vou à índia sem munir-me dessa arma? Eu estava aborrecido. Mas por fim, com mais juízo, apanhei
novamente a carta e a li de novo. Reconheci então que eu carecia de algo que ainda não havia recebido. O resultado foi que, durante o resto da viagem, me entreguei inteiramente à oração, para que fosse, de fato, cheio do Espírito e soubesse, por uma experiência autêntica, o que Jesus queria dar a entender quando disse: 'Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até as extremidades da terra'“ (Atos 1.8). A essas orações a bordo do navio houve, por fim, maravilhosa resposta.
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